A história de Guido Marlière
Livro conta a história dos primórdios da colonização da zona da mata
Publicado em 12/07/2011 17:00 - Atualizado em 12/07/2011 18:04
O autor ladeado pelos descendentes de Guido: Wâner Marlière Arruda (5º geração) e Lucas Coelho Merlière Arruda (6º geração)
No dia 11 de Junho o livro “Memórias e Histórias de Guido Thomaz Marlière” foi apresentado à comunidade ubaense. Seu autor, o doutor em história José Otávio Aguiar, é um ubaense que reside hoje na Paraíba, onde é professor na Universidade Federal de Campina Grande.
O livro é resultado da tese de doutorado defendida em 2003 na UFMG e discorre sobre a vida do francês que trouxe idéias iluministas à zona da mata e no vale do Rio Doce. O autor conta que “Marlière achava os índios bonitos e inteligentes, opinião divergente dos colonos”, o que trouxe complicações na sua vida.
Guido chegou ao Brasil aos 40 anos e, diferentemente da coroa portuguesa e dos imigrantes europeus, Marlière se engajou na causa indígena, enxergando-os como seres humanos e promovendo a pacificação entre eles e os brancos. Tentou evitar massacres na nossa região e no Vale do Rio Doce, sobretudo contra os Botocudos.
“Os Botocudos eram nômades, com tribos pequenas de no máximo 100 pessoas, com forte caráter guerreiro. Quando apanhados, batiam suas cabeças nas árvores até a morte para evitar a escravidão”, contou José Octavio, sendo por estas qualidades considerados mais selvagens que os demais índios.
Compreendendo as histórias de Guerras Napoleônicas, Políticas Indigenistas em Minas e da emigração revolucionária francesa no Brasil oitocentista, o livro é importante instrumento para a compreensão do processo de ocupação da microrregião de Ubá.
por Assessoria de Comunicação da PMU